sábado, 5 de maio de 2012

A magia no Clássico Vovô

Por Saulo Emmanuel


Nesse domingo, o Engenhão vai balançar com o primeiro jogo da final do Cariocão entre Fluminense e Botafogo. E cada time tem suas armas pra levar a vantagem para o segundo jogo. Entre Fred, Loco Abreu, Thiago Neves, Elkeson, quem pode ser o grande destaque são os dois apelidados de mago: Maicosuel e Deco.
Ambos chegaram em seus clubes praticamente na mesma época, em meados de 2010. Deco voltava ao Brasil depois de longos anos na Europa e muitos títulos na bagagem. Já Maicosuel retornava ao clube que lhe deu o status de grande jogador, após uma passagem sem tanto brilho pela Alemanha.
As coincidências não param por aí. Apesar da relativa diferença de idade entre os dois, ambos sofrem com o estigma das lesões em suas carreiras e não conseguem uma sequência grande de jogos. Deco, desde que chegou nas Laranjeiras, sofreu com inúmeras lesões musculares, e apenas em 2012 vem conseguindo atuar com mais regularidade. Maicosuel voltou para o Alvinegro há 2 anos, mas também não consegue emplacar. Sofreu com alguns estiramentos na perna e sofreu a pior lesão de sua carreira: uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, que o afastou dos gramados por longos 8 meses.
Com Fluminense e Botafogo na final do Carioca, a grande chance de se firmar para os dois apareceu. Deco, mesmo ganhando um Brasileiro e disputando Libertadores, nunca foi absoluto na equipe titular do Fluzão, apesar ser unânime seu talento. Maicosuel, sempre teve sua cadeira cativa no time principal do Bota, mas não consegue manter o mesmo brilho constantemente. Se Deco já tem sua carreira consagrada aos 34 anos, Maicosuel, com 25, ainda precisa de mais regularidade para se consagrar de vez. Talvez falte um título à sua carreira, ou pelo menos falte honrar mais o time que investiu 9 milhões de reais em sua contratação. A torcida alvinegra já o tem como um de seus ídolos e o Mago sabe da dívida que tem com ela. Já Deco, quer dar continuidade à relação de amor com a torcida tricolor. A receita para ambos é mostrar a magia que tem nos pés, enfeitiçando o adversário e trazendo a taça. Quem vai tirar o coelho da cartola no Engenhão? 

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