O que fazer? Essa é a pergunta que martela e martela na cabeça dos botafoguenses. A torcida está cansada, exausta de decepções ininterruptas nos últimos anos. Tem muita coisa errada disfarçada de certa em General Severiano. A começar pelo manda-chuva, o presidente-dentista Mauricio Assumpção. Ele assumiu o clube no final de 2008, com políticas de renovação, fazendo juras de amor ao preto e branco, e fazendo promessas de títulos e conquistas extra-campo. Promessas ilusórias e exageradas. Fazendo um balanço de seu mandato, pode-se constatar que é 90% pífio, com alguns lampejos de competência. Entre seus (escassos) acertos, conquistou um título carioca em 2010 em cima do Flamengo e trouxe Loco Abreu, que viraria ídolo da torcida em dois anos e meio no clube. Porém seus pecados são gritantes: mantém Anderson Barros como gerente de futebol do clube mesmo depois deste mesmo cidadão ter assumido inúmeras vezes suas falhas nos planejamentos anuais ou semestrais, aluga a preço de banana o Engenhão para seus grandes rivais, vendeu parte do estádio para publicidade, e quase toda a camisa, e o retorno financeiro não é visto, com a dívida da Instituição tendo aumentado nesse período, não deu a atenção que prometeu à base do clube, entre outros.
Mas o que a torcida mais chia, e com razão, é a falta de reforços e a omissão na hora da cobrança. É corriqueiro no clube, há muito tempo, o investimento em jogadores desconhecidos, ou reservas de outros clubes, que vem para o Botafogo como meras apostas. E nos últimos anos, podemos desfilar opções pra desgosto da torcida alvinegra. Falando apenas do presente, é INACEITÁVEL a passividade da diretoria perante o momento que o clube vive. Trouxeram Seedorf. Parabéns pela ótima contratação. Mesmo com a demora excessiva para trazer o holandês, a torcida sabe reconhecer um bom trabalho. O problema é que colocar amadores no comando sempre dá M. O marketing do clube funciona às mil maravilhas: é camisa comemorativa, chinelo (pra jogadores do calibre de Maicosuel), chaveiro, promoção pra isso, praquilo, enfim, o marketing esbanja opções e o time esbanja defeitos. Salários em dia? Que bom. Mas salários em dia para alguns funcionários são quase uma ofensa. Não merecem 3% do seu ordenado. O time anda mal no Brasileiro. O efeito ilusionista que Seedorf causou já passou. Não por ele, mas pelo resto do elenco que temos em mãos, e um 'técnico' tosco e incompetente, que fala bonito, pensa esdrúxulo e assiste passivamente seu time fazendo barbaridades em campo.
Na real, o Botafogo possui um time mediano e um elenco fraco, vazio. Os laterais titulares são medianos, com destaque para Márcio Azevedo, que mesmo sendo limitado, ainda agrada à torcida. Mas os reservas que trouxeram são do nível de Ipatinga. Lennon e Lima só poderiam passar em frente à sede de General Severiano se fossem fazer compras no Rio Sul. A zaga é um ponto deprimente, pois absolutamente NINGUÉM consegue barrar Antônio Carlos e, principalmente Fábio Ferreira, que a cada jogo vem com um cabelo novo e o velho 'futebol' de sempre. Se faltam volantes, a solução é Amaral, reserva do Cruzeiro, que traz calafrios à torcida vascaína, que tinha que suportar seus erros no passado. Meias temos em excesso, mas só em quantidade, porque qualidade anda faltando. Andrezinho consegue jogar razoavelmente, e Seedorf é a ilha de talento. Vitor Junior, reserva do Corinthians já mostrou a que veio: subtrair. Fellype Gabriel é tático! Mas não compromete, pelo menos. Lodeiro acaba de chegar e pode ajudar. Já Elkeson, mesmo achando que joga mais do que joga de fato, tem talento, e pode ser útil. Mas não será, jogando numa posição que não é a sua. Ele não é atacante e não sabe jogar de costas para o gol. Parece uma vaca louca dando trombada nos zagueiros adversários. E o ataque simplesmente não existe. Loco foi embora porque achou que não teria vaga no 'revolucionário' esquema implantado pelo técnico. Herrera foi para as Arábias. Caio e Alex foram emprestados. E a solução é Rafael Marques, aposta furada do maior problema dessa temporada: Oswaldo de Oliveira. Veio cheio de pompa do Japão, falando palavras difíceis, com um ar arrogante, e o time não tem esquema e nem postura. É um time mediano? Sim, já se disse isso aqui. Mas qualquer treinador daria uma cara à ele. Os jogadores não sabem o que fazer em campo, são escalados fora de sua posição, e tudo isso dentro de uma filosofia errada de trabalho. Renato, o maior chupa-sangue do Brasil, é o 'imbarrável' do Oswaldo. A diretoria, cega e burra, confiou no seu faro ridículo e trouxe o tal Rafael Marques do Japão para ser o ÚNICO atacante de ofício do elenco. Tirando o fato do cara ser uma negação com a bola nos pés, a diretoria não se coça para fazer novas contratações. E o microfone da imprensa está sempre lá disponível para a mentira ser dita. Sempre estão trabalhando, mas as opções do mercado se vão fácil. Rafael Moura estava aí quase à toa, e agora tá no Inter (que já tem Damião e foi buscar mais um), Borges foi pro Cruzeiro, André pro Santos, Neto Baiano pro Japão. Se não aparecer um milagre, haja coração para o torcedor alvinegro, que continua apoiando. O amor não acaba, mas a paciência...essa já foi para longe, e faz muito, mas muito tempo. Tá tudo errado, e por incrível que pareça, ninguém se mexe para mudar nada. Pobres alvinegros.
POR: Os Boleiros
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